sábado, 30 de outubro de 2010

Cadê o projeto? ou melhor "Cadê a fiscalização da realização do projeto"?




Sobre a reportagem publicada no jornal Notisul de 29 de out de 2010


Veja a matéria clicando aqui.


Ao ler a matéria, confesso que fico surpreendido com o despreparo de nossos representantes municipais.Nossa cidade passa todos os anos por situações de tensão, onde presenciamos fortes chuvas que por sorte,podemos dizer assim, não terminam em algo trágico como a enchente de 1974.


Passados tantos sustos e tantos anos , mais de três décadas, como se pode reinvidicar recursos do governo para melhorias em nosso rio apresentando um projeto de 1980? É óbvio que a situação seria totalmente diferente daquela época, tanto em questões de legislação ambiental como questões documentais. Seria necessário dois meses para esta revisão? Até podemos considerar este tempo aceitável, porém, o que realmente seria necessário e plausível, é que a Prefeitura já tivesse este documento atualizado com informações pelo menos dos últimos 3 ou 5 anos pois oportunidades e situações que exigessem tal não faltaram.



Devemos agir como uma empresa, você tentaria a aprovação de um projeto junto a diretoria com dados totalmente desatualizados?

Precisamos ser mais acertivos quando procuramos recursos federais, precisamos ser mais profissionais ou ficaremos a mercê da boa vontade federal...

O comentário do secretário de planejamento da prefeitura, Edvan Nunes, infelizmente foi infeliz, vejamos abaixo:

" - Não entendemos o porquê desta demora (da Prosul - empresa responsável pelo projeto). Não podemos esta perder esta verba. Não é só pelo fato de ser muito dinheiro, mas especialmente por se tratar de uma obra incostetavelmente importante para a cidade".


Ele tenta colocar a responsabilidade em um contratado provalvelmente pela sua secretaria. Caso a cidade venha a perder esta verba convenhamos que o maior responsável é o próprio Edvan, pois ele representando sua secretaria é o responsável maioral pela fiscalização de trabalhos de terceiros contratados, bem como, o cumprimento de prazos estipulados.


Leonildo da Silva

sábado, 16 de outubro de 2010

Nosso rio - a história de um povo!



"Senhor Presidente, tive a oportunidade, por várias vêzes, de trazer ao conhecimento aspectos desolados suscitados pela indústria carbonífera, no Sul de Santa Catarina. Municípios que produzem ou beneficiam carvão, quase nada recebem em troca, pela riqueza oferecida ao país.É lhes vedado, como se sabe, estabelecer qualquer taxa sôbre o carvão produzido ou beneficiado.Do tributo existente, arrecadado pela União, quase nada lhes é destinado, como determina a lei."

O trecho acima foi retirado do livro Democracia e Nação - Discursos Políticos e Literários (Prefácio de Adonias Filho) escrito pelo catarinense Jorge Lacerda e publicado em 1952. O que chama a sua atenção neste trecho do livro?Os acentos hoje não mais existentes em nosso português?Isso poderia ser chamado de um detalhe, o que deveria mesmo chamar atenção é a preocupação já naquela época com o descaso do governo perante a população de nossa região.Era daqui que saia grande parte da riqueza do país, não muito diferente dos dias atuais.O descaso com nossa região pode ser vista desde aquela remota data.

Vou ainda mais além do que a falta de comprometimento no que se diz respeito a distribuição de forma igual as nossas riquezas, o meio ambiente talvez tenha sido o maior prejudicado nisso tudo e consequentemente, nosso povo, vejamos outro trecho do texto que trata deste assunto;

"Senhor presidente, desejo, agora , assinalar os sofrimentos de certa região catarinense, a Madre no município de Tubarão, banhada pelo Rio Tubarão, era famosa pelos seus campos, em que pastavam cerca de 60.000 cabeças de gado.Célebres eram o queijo e manteiga que produzia.O rio, bastante piscoso, fornecia peixe, em tal abundância, que, não só abastecia a localidade, como as regiões vizinhas. A Madre é pràticamente, uma extensa rua, densamente povoada, de cêrca de 17 quilômetros, que perlonga o sinuoso Rio Tubarão.Recordavam-se os moradores , quando lá estive a última vez, os bons tempos que em que lançavam sua tarrafas nas águas do rio , e recolhiam, em quantidade, o peixe que nunca faltou nas mesas mais modestas [...] o próprio rio mudou de nome [...] passou a ser chamado de Rio Seco ou Rio Morto.As pastagens vão desaparecendo.A água potável, a população vai buscar a quilômetros de distância.A água potável ,de antigamente ,se tornou salobra, no fundos dos poços, pela infiltração dos resíduos de carvão.Os peixes sumiram."

Posso afirmar que eu como ex morador da região, presenciei , junto a minha família a degradação do nosso Rio da Madre, lembro da época em que nossa mãe lavava as margens dele, nossas roupas e nosso pai tirava dele parte de nosso sustento.

Aos poucos o nosso rio está morrendo, sobrando dele apenas lembranças daquela época em que se podia nadar em suas águas, pescar e navegar.O governo já naquela época nada fez para que a situação fosse revertida, a poluição tomou conta de forma vagarosa e silenciosa, onde, várias gerações sofreram e continuam sofrendo com o descaso.Naquela década, 50, já se tornou rotineiro o êxodo rural ,hoje, vemos além disso a diminuição da principal característica de nossa região, as propriedades rurais auto sustentáveis.O esgoto a céu aberto em vários locais deve vir por acabar de matar nosso rio, não basta somente manter a limpeza do rio de forma muito geral, ações mais enérgicas e sustentáveis devem ser tomadas, visando salvar o nosso Rio da Madre, que o descaso e falta conscientização o fizeram mudar de nome, Rio Morto.

Rio na década de 60 - eu e meus irmãos tomando banho



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Limpeza pilares do Rio Tubarão



Hoje foi efetuado em trabalho conjunto entre Prefeitura de Tubarão e Exercito a limpeza dos pilares que sustentam as pontes de nossa cidade, desde maio deste ano quando as ocorreram fortes chuvas em nossa região o que ocasionou grande acumulo de sujerta e lixo junto as pontes este trabalho ainda não havia sido realizado.Um ponto de atenção que deve ser levado em consideração nesta atividade é a forma como o trabalho é executado.

A sujeira acumulada é somente liberada dos pilares e depositada nas águas do Rio Tubarão novamente.Seria mais ecologicamente correto a retirada deste entulho e lixo do Rio sendo depositado em um local apropriado para o mesmo.

Esta sujeira retirada do rio pode sem dúvida e deverá chegar com a correnteza a lugares inapropriados como as margens do mesmo , assim, acumulando sujeira e entulho, bem como, na bacia Lagunar sendo depositada ás margens de nossas praias.

"Uma atividade mal planejada pelos orgãos de serviço público gera retrabalho e maiores custos saindo do bolso da comunidade através de impostos".

Veja imagens e o vídeo abaixo ( se preferir assista o vídeo diretamente em meu canal no YouTube clicando aqui )